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Relatório de interventor traça linha do tempo que detalha avanço dos golpistas em 8 de janeiro | Política

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Segundo o documento, a marcha em direção à Esplanada dos Ministérios começou por volta das 13h e, por volta de 14h25, os extremistas conseguiram romper uma linha de revista próxima à rodoviária do plano piloto, que fica a cerca de 2 quilômetros do Congresso.

O relatório afirma que, nesse intervalo de tempo, “foram identificadas pessoas portando rojões, gás de pimenta, pedras, estilingue e outros objetos que demonstram o intuito de praticar atos violentos”. Algumas delas chegaram a ser detidas.

De acordo com o texto, às 14h43, os golpistas alcançaram a Avenida da Bandeiras, que fica em frente ao prédio do Congresso, e começaram, em um “movimento sincronizado”, a retirar as grades de proteção instaladas no local.

“Constatou-se pelas imagens que a linha de contenção da Avenida das Bandeiras contava com apenas duas linhas de gradil instaladas paralelamente, sem travamento entre elas e com distanciamento entre elas acima do adotado como praxe, o que fragilizou a contenção dos manifestantes e facilitou a invasão aos prédios do Senado e da Câmara dos Deputados”, diz o texto.

O documento aponta ainda que somente às 15h, a Polícia Militar (PM) acionou o efetivo que se encontrava de sobreaviso desde o dia anterior para reforçar a segurança Esplanada dos Ministérios.

“Houve, portanto, um intervalo de aproximadamente duas horas entre o início da manifestação e a tomada de providências operacionais de reforço para reprimir as ações em andamento. Ademais, as ações realizadas pelos manifestantes durante o dia 8 foram planejadas e coordenadas, mostrando conhecimento dos locais invadidos e técnicas de confronto”, diz o relatório.

Vídeo: Imagens mostram avanço de golpistas

Drone mostra imagens de invasores na Praça dos Três Poderes

Drone mostra imagens de invasores na Praça dos Três Poderes

O texto afirma que o então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, recebeu, em 6 de janeiro, um informe da área de inteligência alertando para a possibilidade de atos violentos e que falava em “tomada de poder”.

O documento aponta ainda que, apesar das informações existentes, “o quantitativo de militares dispostos no terreno foi insuficiente para conter o acesso dos manifestantes”.

Segundo o texto, “não foi identificado um documento que demonstre a determinação prévia do número exato de policiais militares empregados na área da Esplanada dos Ministérios”. Além disso, segundo informações da PM, teriam sido empregados no dia um total de 555 policiais militares, “fato que parece não estar em sintonia com as imagens captadas pelas câmeras de videomonitoramento”.

O relatório destaca ainda que não apenas Torres havia viajado para os Estados Unidos naquele fim de semana, como também outros nove comandantes estavam de férias ou folga.

O documento também detalha a estrutura do acampamento montado em frente ao Exército, destacando que se tratava de “uma complexa e engenhosa organização, com distribuição das tendas em setores específicos, destinadas à cozinha e despensa, a medicamentos e/ou atendimento médico, ao fornecimento de energia por geradores, havia acesso à internet, informações, local para realização de cultos religiosos e diversas outras organizações internas”.

De acordo com o texto, o acampamento “foi elemento crucial para o desenvolvimento das ações de perturbação da ordem pública que culminaram nos atos do dia 08 de janeiro de 2023”.

Sobre o desmonte do acampamento, que só aconteceu no dia seguinte dos atentados, o documento diz que, ainda no domingo, o interventor determinou que a PM mobilizasse a tropa para efetuar as prisões no local, mas que o “movimento foi abortado” a pedido do comandante militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes.

O texto detalha ainda os seis inquéritos policiais militares instaurados para apurar as condutas dos agentes que, por exemplo, não impediram a entrada dos manifestantes no Congresso Nacional ou que estavam conversando e tirando fotos no momento da invasão de prédios público. Um dos procedimentos tem como foco o envolvimento de policiais militares na arrecadação de dinheiro e segurança privada no acampamento.

Interventor na Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli (à dir.), e o secretário de Segurança do DF, Sandro Avelar — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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